“A especialização sem limites culminou numa fragmentação crescente do horizonte epistemológico. Chegamos a um ponto que o especialista se reduz àquele que, à causa de saber cada vez mais sobre cada vez menos, termina por saber tudo sobre o nada. (...)”. (JAPIASSU, Hilton, 1994).
Os sistemas educacionais são pensados conforme o modelo de sociedade no qual estão inseridos, logo, não podemos deixar de considerar que o processo de desqualificação e atomização de tarefas, refletiram nos sistemas educacionais, onde professores e alunos não possuíam autonomia para participar destes processos, então o que se aprendia nas salas de aula estavam em sintonia com o modelo de sociedade vigente, ou seja, eram desenvolvidas habilidades relacionadas com a obediência e submissão às autoridades, como os trabalhadores, que não tinham autonomia em decidir o que ser produzido, por que, para quê, como, etc., o aluno também não entendia a finalidade do que estava “aprendendo”, pois tais conteúdos, desenvolvidos com uma série de enunciados, atividades, temas trabalhados de forma descontextualizadas, isolados, se mostravam de forma tão abstrata, que os mesmos não compreendiam o significado do processo ensino aprendizagem. A educação afastou-se de sua finalidade: preparar cidadãos e cidadãs para agir de forma responsável, justa, crítica, solidária e democrática em sua comunidade.
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