quarta-feira, setembro 30, 2009

Linguagem

Didática

LIBRAS

Lei 10.436 de 24 de abril de 2002 oficializou a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

EJA



"Não devemos chamar o povo à escola para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições, mas para participar coletivamente da construção de um saber, que vai além do saber de pura experiência feito, que leve em conta as suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe ser sujeito de sua própria história.” (FREIRE, Paulo. A educação na cidade. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2001, p.16)

segunda-feira, setembro 21, 2009

Letramento


Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno.
Magda Becker Soares, professora titular da Faculdade de Educação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e doutora em educação, explica que ao olharmos historicamente para as últimas décadas, poderemos observar que o termo alfabetização, sempre entendido de uma forma restrita como aprendizagem do sistema da escrita, foi ampliado. Já não basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir além da alfabetização funcional (denominação dada às pessoas que foram alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita).
O sentido ampliado da alfabetização, o letramento, de acordo com Magda, designa práticas
de leitura e escrita.

Fonte: http://www.verzeri.org.br/artigos/003.pdf?PHPSESSID=fda4b0f2d751d79506d528533b17b548

Linguagem e Educação

Estamos a todo momento em contato com o diferentes tipos de linguagem, seja ela de forma escrita, anúncios, protestos entre outros, logo não se pode pensar educação sem linguagem e que explorar a linguagem representa uma forma de desenvolver nas pessoas suas capacidades para compreenderem melhor o mundo e, assim, atuarem socialmente de forma ampla, crítica, participativa e adequada as situações concretas da interação social.

Linha de Tempo

Uma das atividades que eu passei a utilizar com meus alunos foi a Linha de Tempo, como estou com uma 3ª série utilizei este recurso para comentar sobre a Independencia do Brasil. Os alunos construíram a linha partindo do descobrimento do Brasil até a sua independência, relacionando datas aos fatos ocorridos. Transitaram em momentos como a chegada da família real, Inconfidência mineira, a importância de Tiradentes no movimento, até chegarem a Independência do Brasil.
Este tipo de atividade avalio como muito satisfatória, pois discutimos as datas comemorativas intrelaçando-as em uma única atividade, estabelecendo uma ordem cronológica que foi de fácil compreensão para os mesmos.

Revolução Farroupilha

A Revolução Farroupilha foi a mais longa guerra civil da história brasileira, durando de 1835 até 1845, foram dez anos de batalhas entre Imperialistas e Republicanos, os primeiros defendiam a manutenção do império e os segundos lutavam pela proclamação da república brasileira. Em 09 de setembro de 1836, ocorre a primeira grande batalha, Antônio de Souza Netto, a figura mais respeitada das forças farroupilhas depois de Bento Gonçalves, vence as tropas imperiais na Batalha do Seival. A vitória sobre os imperiais foi tão entusiasmante, que Netto, instigado pelos liberais exaltados, toma uma decisão: proclama a República Rio-Grandense, separando o estado gaúcho do Brasil. Estava finalmente declarado o caráter revolucionário do movimento Farroupilha. Deve ser considerada Revolução apenas o movimento político-militar que vai de 19 de setembro de 1835 a 11 de setembro de 1836, porque era a revolta de uma província contra o Império do qual fazia parte. A 11 de setembro de 1836 é proclamada a República Rio-Grandense e então já não se pode mais falar em revolução, mas sim em guerra, a luta aberta entre duas potências políticas independentes e soberanas, uma República , de um lado, e um Império, de outro. A revolução farroupilha explodiu a 19 de setembro de 1835 quando os liberais, depois de inúmeras conspirações, sobretudo dentro das lojas maçônicas, partiram para a deposição do presidente Antônio Fernandes Braga, sustentando que este violava a lei e deveria ser substituído. Os farroupilhas Gomes Jardim e Onofre Pires desbarataram a Guarda Municipal (núcleo inicial da futura Brigada Militar do Estado) vindos do morro da Glória e Fernandes Braga foge para o porto de Rio Grande, abandonando Porto Alegre. A 20 de setembro Bento Gonçalves da Silva, vindo de Pedras Brancas (Guaíba) entra triunfante na Capital e, na ausência dos três primeiros vice-presidentes, empossa no governo o 4º vice-presidente, Dr. Marciano Pereira Ribeiro, nomeado Comandante das Armas o Cel. Bento Manoel Ribeiro, homem de personalidade difícil e caprichosa e sem convicção liberal, seguidor de seus próprios interesses, através dos quais se unira aos farroupilhas no início do movimento. Parece bastante evidente, nessa fase, o espírito legalista dos farrapos, empossado na presidência da província na linha da sucessão uma autoridade constituída, quando seria fácil a Bento Gonçalves, por exemplo, assumir todos os poderes.

É o próprio líder farroupilha que consegue com o Rio de Janeiro e a nomeação do novo presidente, o Deputado José Araújo Ribeiro, o qual, assustado com a efervescência de Porto Alegre, resolveu, ao chegar do Rio de Janeiro, empossar-se em Rio Grande... Foi o que bastou para que os farroupilhas mais exaltados lhe retirassem o precário apoio. Bento Manoel Ribeiro troca de lado, voltando a servir o Império e para seu posto é nomeado o Major João Manoel de Lima e Silva e o Dr. Marciano Pereira Ribeiro foi mantido pela Assembléia Provincial como Presidente.

Parece bem claro: não fora a intransigência dos conservadores e do Império a revolução poderia ter findado sem maiores vítimas. Em 02 de outubro, na batalha de Fanfa, os farroupilha são derrotados. Bento Gonçalves e outros oficiais farroupilhas são presos. Bento é enviado como prisioneiro para o Rio de Janeiro. Lá conhece o italiano Garibaldi que adere ao movimento farroupilha mudando-se para o sul. As forças imperiais, acreditando que a revolta havia sido sufocada, oferece anistia aos derrotados. Mas Antônio de Souza Netto, agora líder absoluto do movimento, mantém-se rebelado. Em 05 de novembro de 1836, a câmara municipal de Piratini oficializa a proclamação da República Rio-Grandense. Mesmo preso Bento Gonçalves é declarado presidente do novo país, o vice nomeado é José Gomes Jardim, que assume interinamente. Em outubro de 1837, Bento Gonçalves foge da prisão e em 16 de dezembro assume a presidência da República. O ano de 1838, é ruim para os rebelados, os farroupilhas não tem sucesso na reconquista de Porto Alegre e Rio Grande e sofrem importantes baixas. Em 1839, Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro conquistam as cidades catarinenses de Laguna e Lages, e proclamam a "República Catarinense", ou "República Juliana". Em 15 de novembro os farrapos são surpreendidos e Laguna é reconquistada pelos imperiais. As embarcações rebeldes são destruídas, somente Garibaldi escapa. A cavalaria de Canabarro foge pelo litoral escondendo-se em Torres. De 1840 em diante dois terços do exército brasileiro está no estado. Em 1843, em sua ofensiva final, o exército brasileiro tem 11.400 combatentes. Em primeiro de março de 1845, os imperialistas, liderados por Duque de Caxias e os republicanos farroupilhas assinam a paz de "Ponche Verde", declarando fim aos conflitos.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/h_history/1790643-revolu%C3%A7%C3%A3o-farroupilha/

domingo, setembro 13, 2009

Libras

Alfabeto Manual



Tivemos nossa aula presencial de LIBRAS e foi muito interessante, a professora nos mostrou, de uma forma bem abrangente, o que é e como surgiu a Lingua Brasileira de Sinais,quais as comunidades de surdos que existem no RS. Discorreu sobre pontos, os quais muitos confundem (assim como eu julgava correto) que LIBRAS é uma lingua, não linguagem, com estruturas gramaticais próprias. não são mímicas, pois os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos.
A aula foi muito dinâmica e elucidativa, pena que não teremos muitos encontros desta interdisciplina.

Atividades Disparadoras

A interdisciplina de Seminário Integrador iniciou seus trabalhos propondo desafios nas quais fomos instigadas a buscar soluções para resoluções das questões propostas.
Realizei a atividade onde foi apresentada a planta de um imóvel e seus possíveis moradores, na qual teria que mobiliar este imóvel respeitando um orçamento estipulado.
Esta atividade propiciou a busca de nossos conhecimentos prévios, a criação hipóteses, discussão dos perfis dos moradores, análise dos cômodos do imóvel, para assim criar um ambiente adequado as necessidades dos moradores.
Todo este processo de raciocínio me levou a perceber a importância de lançarmos desafios aos nossos alunos, reconhecendo o caminho percorrido pelos mesmos para a formulação de hipóteses.
Como vivemos em uma rotina as vezes muito "pesada" não nos damos conta da importância deste processo na construção do conhecimento de nossos alunos, propor um problema não apresentando a solução oportunizamos para que se trabalhe em cima das prováveis hipóteses de resolução do mesmo e quando esta parte de nossos questionamentos, discussões e testagem das mesmas a aprendizagem ocorre de forma natural, motivadora.

Linguagens

Não podemos afirmar que fala-se, escreve-se, lê-se sempre do mesmo jeito, pois os mesmos estão ligados a diversos fatores que influenciam a aquisição dos mesmos.
Conforme Cartier (1998) a alfabetização ocorre dentro da história, ou seja, no “saber ler” estão competências específicas de cada época. Se olharmos para o desenvolvimento da alfabetização em nosso país temos, no Brasil colônia e imperial, o ensino da leitura antecedia o da escrita, já no final do século XIX , com o barateamento do custo do papel, possibilitou-se o ensino simultâneo da leitura e da escrita.
Com a utilização de tecnologias como: e-mails, orkut, sites de relacionamento está se verificando uma transformação na forma escrita das mensagens, os adolescentes tem uma forma toda peculiar de se comunicarem, logo, não podemos esperar uniformidade na redação dos diferentes textos que são produzidos.
LINGUAGENS DA TV E DO VÍDEO

O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele -nos toca e "tocamos" os outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos.
O vídeo explora também e, basicamente, o ver, o visualizar, o ter diante de nós as situações, as pessoas, os cenários, as cores, as relações espaciais (próximo-distante, alto-baixo, direita-esquerda, grande-pequeno, equilíbrio-desequilíbrio). Desenvolve um ver entrecortado -com múltiplos recortes da realidade -através dos planos- e muitos ritmos visuais: imagens estáticas e dinâmicas, câmera fixa ou em movimento, uma ou várias câmeras, personagens quietos ou movendo-se, imagens ao vivo, gravadas ou criadas no computador. Um ver que está situado no presente, mas que o interliga não linearmente com o passado e com o futuro. O ver está, na maior parte das vezes, apoiando o falar, o narrar, o contar histórias. A fala aproxima o vídeo do cotidiano, de como as pessoas se comunicam habitualmente. Os diálogos expressam a fala coloquial, enquanto o narrador (normalmente em off) "costura" as cenas, as outras falas, dentro da norma culta, orientando a significação do conjunto. A narração falada ancora todo o processo de significação.
TV e vídeo encontraram a fórmula de comunicar-se com a maioria das pessoas, tanto crianças como adultas. O ritmo torna-se cada vez mais alucinante (por exemplo nos videoclips). A lógica da narrativa não se baseia necessariamente na causalidade, mas na contigüidade, em colocar um pedaço de imagem ou história ao lado da outra. A sua retórica conseguiu encontrar fórmulas que se adaptam perfeitamente à sensibilidade do homem contemporâneo. Usam uma linguagem concreta, plástica, de cenas curtas, com pouca informação de cada vez, com ritmo acelerado e contrastado, multiplicando os pontos de vista, os cenários, os personagens, os sons, as imagens, os ângulos, os efeitos.
A linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas: solicita constantemente a imaginação e reinveste a afetividade com um papel de mediação primordial no mundo, enquanto que a linguagem escrita desenvolve mais o rigor, a organização, a abstração e a análise lógica.
Por que as pessoas abreviam a linguagem na web?

Para a professora Maria Teresa de Assunção Freitas, são dois os principais motivos da abreviação de palavras: o primeiro, a facilidade de se escrever de modo simplificado, e o segundo, a pressa. Esta, por sua vez, está ligada a outras duas razões: a economia (mandar uma mensagem maior pelo celular pode custar mais) e o desejo de reproduzir virtualmente o ritmo de uma conversa oral. “É para acelerar o bate-papo, que na internet, em chats e programas de mensagem instantânea, acontece em tempo real”, explica a especialista. “No celular, há o agravante do teclado, que é menor, e do preço, que é maior.” Uma terceira causa seria o desejo do adolescente de pertencer a um grupo: ele pode adaptar a sua escrita à linguagem da comunidade de que quer fazer parte - com o uso dos termos adaptados, ele adere aos códigos do grupo.

segunda-feira, setembro 07, 2009

João Amos Comenius

João Amós Comenius nasceu em 28 de Março de 1592, na região da Moravia, Boêmia, atual republica Tcheca. Perdeu os pais cedo e foi estudar teologia na faculdade calvinista de Herbon aonde se familiarizou com estudos de línguas. Aos 26 anos regressa a Moravia e assume uma igreja , porém sai de lá por causa de uma guerra político-religiosa com os católicos, qual Comenius se engaja a ajudar irmãos na fé. Expulso da Boemia em 1628 se refugia na Polônia e percorre toda a Europa não católica militando por 42 anos articulando seus projetos científicos e educacionais para divulgar seu sonho reformista. Em 1641 vai para Londres estabelecer uma diálogo entre o rei e o parlamento e fica 1 ano por lá, em 42 recebe um convite de Luís de Geer e do governo de Estocolmo para promover uma reforma do sistema escolar da Suécia, mas seu sistema educacional-religioso não foi bem aceito pelos luteranos suecos. Em 1648 se estabelece na Prússia oriental e articulou seus escritos e pensamentos filosóficos, sociais e religiosos. Com uma vida bem atarefada veio a falecer em Amisterdam em 1670, no dia 15 de novembro.
Quando se fala de uma escola em que as crianças são respeitadas como seres humanos dotados de inteligência, aptidões, sentimentos e limites, logo pensamos em concepções modernas de ensino. Mas elas já eram defendidas em pleno século 17 por Comênio (1592-1670), o pensador tcheco que é considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação.
Comênio não foi o único pensador de seu tempo a combater o pedantismo literário e o sadismo pedagógico, mas ousou ser o principal teórico de um modelo de escola que deveria ensinar "tudo a todos", aí incluídos os portadores de deficiência mental e as meninas, na época alijados da educação. "Ele defendia o acesso irrestrito à escrita, à leitura e ao cálculo, para que todos pudessem ler a Bíblia e comerciar", diz Gasparin. Comênio respondia assim a duas urgências de seu tempo: o aparecimento da burguesia mercantil nas cidades européias e o direito, reivindicado pelos protestantes, à livre interpretação dos textos religiosos, proibida pela Igreja Católica. A obra de Comênio corresponde também a outras novidades, entre elas "o despertar de uma nova concepção de criança", como diz Gasparin. "Ele a trata em seus livros com muita delicadeza, num tempo em que a escola existia sob a égide da palmatória", continua o professor. "A educação era vista e praticada como um castigo e não oferecia elementos para que depois as pessoas se situassem de forma mais ampla na sociedade. Comênio reagiu a esse quadro com uma pergunta: por que não se aprende brincando?"

Conhecer as ideias de Comênio e conhecer a época nas quais elas foram concebidas, um período em que a educação era baseada em castigos, onde não se olhava a criança como um ser com necessidades individuais, não se permitia oportunizar que os mesmos se tornassem pessoas com autonomia e ele vislumbrou um novo olhar na maneira de educar, mostrou que a escola precisava ser reformulada e que pode ser transformada para atender as necessidades dos alunos, valorizando a educação familiar, temas que hoje são discutidos, na educação atual, onde o grande desafio da escola é inserir a família dentro do processo ensino-aprendizagem.
Mas infelizmente, em pleno século 21, ainda encontramos professores que desprezam tais ideias, engessados em uma metodologia, um fazer docente, que não atende a dinâmica da época em que vivemos, logo reclamam da falta de motivação de seus alunos, bem como a problemas disciplinares.
Comênios, já mencionava, em sua época, da importância de motivarmos nossas crianças, não massacrá-las somente com conteúdos, dosar conversas, brincadeiras com o que deve ser ensinado, valorizar as experiências trazidas pelos alunos.
Então me pergunto, onde estavam estes profissionais que não sentiram o tempo passar, não percebem a época na qual estão vivendo?

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/pai-didatica-moderna-423273.shtml

http://juandepaula.blogspot.com/2006/04/por-uma-pedagogia-crist-joo-ams.html

O Menininho

Era uma vez um menininho que contrastava com a escola bastante grande. Uma manhã a professora disse que os alunos iriam fazer um desenho.
- Que bom! - Ele gostava de fazer desenhos.
Ele pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar. Mas a professora disse para esperar, que ainda não era hora de começar.
E ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.
- Que bom! - pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores e começou a desenhar flores com lápis rosa, azul e laranja. Mas a professora disse que ia mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso. Ele virou o papel e desenhou uma flor igual à da professora.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse que os alunos iriam fazer alguma coisa com o barro.
- Que bom! - pensou. Ele gostava de trabalhar com barro.
Ele pensou que podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse para esperar.
E ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.
- Que bom! - pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
A professora disse que era para esperar, que iria mostrar como fazer.
E ela mostrou a todos como fazer um prato fundo.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso.
Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo igualzinho ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho e a sua família se mudaram para outra cidade, e o menininho tinha que ir para outra escola.
Esta escola era ainda maior que a primeira.
E no primeiro dia, a professora disse que os alunos fariam um desenho:
- Que bom! - pensou o menininho, e esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala.
Quando veio até o menininho disse:
- Você não quer desenhar?
- Sim, mas o que vamos desenhar?
- Eu não sei, até que você o faça.
- Como eu posso fazê-lo?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei. - disse o menininho.
E começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde.

Helen E. Buckley
Este texto trabalhado na disciplina de Didática, me fez pensar nos meus tempos de escola, na maneira que, como exemplo, as aulas de artes eram trabalhadas, não tinhamos espaço para desenvolvermos nossa criatividade, simplesmente reproduzíamos modelos prontos, mas ao mesmo tempo sentir um certo alívio por não agir com meus alunos da forma em que a primeira professora desenvolvia o seu trabalho.
Uma das nossas responsabilidades é proporcionar aos nossos alunos condições para que desenvolvam sua criatividade, sua autonomia, e lendo o texto me fez sentir, também, uma certa tristeza por saber que ainda existem professores que trabalham desta forma, e acredito, que os mesmos não tem a consciência do "estrago" que podem estar causando em seus alunos, pois encontramos alunos com bloqueios de linguagem, do pensamento criador, inibidos em sua auto-expressão, logo, recomendo a leitura deste texto a todos os professores e apartir do mesmo refletissem sobre a sua prática docente.

Iniciando um novo Semestre


A cada semestre que se inicia , existe a curiosidade de como se desenvolverão as atividades, mas também a certeza de que as mesmas enriquecerão a nossa prática docente.

Já estou no sétimo semestre, ou melhor estamos, e este tempo se passou de uma forma tão intensa que não vi o tempo passar. Mas ao mesmo tempo, reconheço a mudança que ocorreu em meu modo de agir e perceber a educação que temos em nosso país. Acendeu uma luzinha de que tudo não é caos, que existem muitas pessoas que acreditam na renovação, reformulação e qualidade da educação em nosso país, que trabalham com muita competência para que este novo olhar aconteça. Tenho muito orgulho de saber que meus professores fazem parte deste gupo de pessoas.

Neste semestre cursarei as seguintes disciplinas:

* Didática, Planejamento e Avaliação

* Educação de Jovens e Adultos no Brasil

* Linguagem Brasileira de Sinais - LIBRAS

* Linguagem e Educação

* Seminário Integrador VII