domingo, abril 26, 2009

Inclusão


Construindo o dossiê, uma das atividades propostas pela interdisciplina que aborda a inclusão de pessoas com necessidades especiais, estamos discutindo a inclusão das mesmas em nossas salas de aula e percebi que o temor que tenho em receber uma criança portadora de necessidades especiais não é somente meu, quero deixar claro que não tenho nenhum preconconceito com relação aos mesmos mas sim com relação ao apoio que irei receber para trabalhar , a partir do momento que nunca tive nenhuma orientação ou curso, informações que auxilie meu fazer pedagógico para atender a estes alunos. O que venho percebendo, lendo o relato de minhas colegas é que não estou sozinha, o professor não se sente habilitado para receber estas crianças, se sente isolado, não recebendo o devido apoio que necessitaria. Observo também que as leis existem, o que acho correto, pois toda a criança tem o direito de frequentar uma escola regular, existe uma inclusão com relação a criança e sua família, mas estão esquecendo do professor que irá receber esta criança, habilitando-o para tal e esta é a grande angústia do profissional de educação que de uma hora pa

ra outra tem em sua sala uma criança com necessidades especiais e ele não foi habilitado para recebe-la como a mesma merece. Acredito que este é o ponto chave da inclusão, pois quando o professor estiver habilitado para recebe-las, então teremos oportunizado a inclusão em toda a sua amplitude.

Aprendizagens

Temos neste semestre a interdisciplina de Psicologia, estou podendo retomar conceitos que estudamos em semestres passados, o que é muito enriquecedor.
Em uma das atividades foi solicitado abordar as aprendizagens e optei por narrar minhas aprendizagens construídas ao longo deste curso, percorrer todo o caminho trilhado, as dificuldades superadas, me mostrou como estou mudando meu desempenho em sala de aula e esta constatação me faz caminhar com mais segurança e concluir que escolhi a opção certa.
Eis o meu relato:

Gostaria de descrever a minha aprendizagem enquanto aluna do PEAD. Neste período em que estou neste curso a gama de conhecimento construído é enorme.
Duas coisas a salientar, o curso – Pedagogia – e a tecnologia utilizada para a realização do curso.
Nunca me vi motivada a cursar Pedagogia por achar um curso muito teórico e acreditar que estaríamos estudando, conhecendo modelos maravilhosos, mas no meu entender sem aplicabilidade em nossa rotina diária, pois o que se ensina nos livros, dificilmente encontramos em sala de aula.
Quando comecei a cursar Pedagogia a Distância já no primeiro semestre encontrei um curso com um direcionamento totalmente diferente do que eu havia pré-concebido, ou seja, voltado para a minha prática em sala de aula. E é nesta abordagem prática, enfocando a sala de aula, que se desenvolvem todas as interdisciplinas.
Com a abordagem de temas nas disciplinas me deu inúmeros subsídios para reavaliar a minha atuação como professora, desde que comecei a lecionar fui uma professora tradicional, utilizava a pedagogia diretiva, mas ao mesmo tempo achava que precisa encontrar formas de atingir o meu aluno, daí a necessidade de cursar Pedagogia, então com o desenrolar das disciplinas e este enfoque que as mesmas se apresentam, pude reconstruir muitos pontos da minha prática docente, foi me dado os subsídios que necessitava.
Realizando trabalhos com meus alunos, estou conseguindo reunir a teoria com a prática, logo, estou trabalhando com a minha realidade e conseqüentemente aprendendo e transfiro esta prática que encontrei em meu curso para os meus alunos, estamos trabalhando com o aluno e não para o aluno.
Outro fator muito importante foi o uso da tecnologia em meu dia-a-dia. Antes de começar este curso, computador, internet para mim era só acessar aos e-mails, este curso me “jogou”, literalmente, na fogueira porque eu precisa aprender e para aprender teria que manusear, mexer com as ferramentas que me eram disponibilizadas.
Logo, aprendi muito sobre a utilização da tecnologia em benefício próprio. Quando penso na primeira aula, em que não entendi nada e agora vejo como era simples, mas para isso ocorrer tive que questionar, manipular, errar, começar de novo, reestruturar conceitos, superar o medo (estragar, errar, apagar tudo, ...).
Hoje a tecnologia faz parte da minha rotina, continuo aprendendo, pois novidades, programas novos sempre estão surgindo, mas aquele receio de utilizar uma ferramenta nova não existe mais, continuo perguntando, errando para depois acertar e isto eu passo para os meus alunos para que não tenham medo de errar, que questionem, apresentem sugestões para o que está sendo proposto, participem das aulas ativamente, elaborando as soluções para as questões apresentadas.

Análise de PA II

Após a realização das análises feitas pelos colegas sobre o PA Afinidade criado por meu grupo pude constatar as falhas ocorridas na criação do mesmo.
Este processo foi muito importante para a criação de um segundo projeto que irei, junto com meu grupo, construir, pois usaremos as colocações das colegas para corrigir os erros, ou falhas que cometemos na construção do primeiro.
Quando construímos nosso primiro PA não tínhamos a noção da importância que alguns itens tinham dentro do todo, com a observação e a oportunidade de observarmos o mesmo com outros olhos, um olhar mais crítico, pude perceber como elaborar o projeto e a importância que o mesmo possui para quem o visitar, pesquisar, conhecer o tema abordado.
Pretendo, junto com meu grupo, não cometer tais falhas e elaborar o projeto atendendo aos itens que foram observados.

Cultura Indígena

Este final de semana procurando textos sobre cultura indígena para montar um trabalho sobre etnias com meus alunos e também atender a disciplina de "questões etnico-raciais", meu marido leu um texto publicado no Correio do Povo de domingo (26/04/09) e me mostrou, abordava sobre infanticídio nos povos indígenas, o texto me chamou atenção e li a história de uma indiazinha chamada Hakani, membro da tribo Suruwaha, onde o infanticídio é ainda hoje praticado.
Sinceramente fiquei chocada com história de Hakani, sobrevivente de um infanticídio, salva por pessoas que a acolheram e hoje é uma menina saudável e normal.
No linck abaixo consta a história de Hakani, peço que acessem e conheçam sua história;

http://www.hakani.org/pt/historia_hakani.asp

Eis aqui outro depoimento de um indio, da mesma tribo, onde conta a sua história e questiona os costumes de sua tribo.


“A mãe mesmo falou pra mim outro dia ‘Poxa! O pessoal enterrou nosso filho, agora nós só estamos com um.’
É muito triste, a gente não consegue esquecer.”

Meu filho tinha um irmão gêmeo - Depoimento de Paltu Kamayura

Esse meu filho era gêmeo, tinha dois. Eles enterraram o outro. A enfermeira não me avisou que ela tinha gêmeos. Só na hora que nasceram as crianças, às duas horas da madrugada. Eu estava na minha casa e a minha esposa estava na casa da mãe dela. Aí, depois que nasceu, a pessoa veio falar prá mim que eram duas crianças. Eu levei um susto, né? Eles me avisaram que iam enterrar as duas. Aí eu falei que não, que eu precisava pegar pelo menos uma delas. Mas a família não queria que eu pegasse nem uma das crianças.

Eu insisti e aí meu pai foi lá para segurar uma das crianças. Eles pegaram uma e enterraram a outra. Hoje a criança está aqui comigo, já tem sete meses, tá gordinho. Quando eles enterram criança, o pai e a mãe sentem falta. Como é meu caso mesmo. Até hoje eu não esqueço ainda. Porque eu estou vendo o menino, o crescimento dele, aí eu penso no outro também, poxa!

Se eu tivesse alguém que me ajudasse, eu poderia criar as duas crianças... eu falo isso. A mãe mesmo falou prá mim outro dia “Poxa! O pessoal enterrou nosso filho, agora nós só estamos com um.” É muito triste, a gente não consegue esquecer. As pessoas que estudam sobre a cultura do índio, como antropólogos e indigenistas, eles pensam que os índios vão viver assim prá sempre, como era antes. Mas hoje já está mudando. Cada vez mais o pensamento dos jovens, da geração de hoje, vai mudando.

O meu pensamento mesmo, não é como antes. Não é como o pensamento dos antropólogos que estudaram a cultura, que dizem “deixa ele viver assim, isso é a cultura deles”. Não, porque a cultura não pára, ela anda. O pensamento também anda, igualzinho a cultura. Por isso é que hoje a gente está querendo pegar todas essas crianças, até as que têm defeito. Elas são gente, não são animal, não são filho de porco ou de tatu. São gente mesmo, saíram de uma pessoa. Esse é o meu pensamento. Isso quem vai decidir é a gente mesmo. Somos nós que estamos procurando ajuda para criar essas crianças. Nós estamos procurando apoio, nós temos que conversar entre nós mesmos, aí, através dessa conversa, o governo tem que nos atender.

Muita gente já tá procurando ajuda para resolver esse problema. Meu sobrinho mesmo, o Marcelo, ele trabalha na área de saúde. Ele é auxiliar de enfermagem e está indo de aldeia em aldeia, conversando com os caciques. Ele está conversando, falando para não enterrar mais criança que nasce com deficiência, gêmeos, criança que não tem pai. Não é para enterrar mais. Gêmeos, é para pegar, é para criar, porque se a gente ficar enterrando as crianças, nossa população nunca vai aumentar. Essa é a nossa preocupação hoje.”

http://www.hakani.org/pt/outras_historias.asp

Achei oportuno mostrar este depoimento pois aqui mostra que as pessoas querem mudar, procuram ajuda, como ele mesmo menciona sobre a postura de certas entidades e pessoas que preferem não interferir porque as atitudes fazem parte da cultura de cada povo, mas como ele mesmo diz "a cultura anda, assim como o pensamento"

Fazendo um paralelo ao texto que analisamos sobre o "Dilema do antropólogo francês" onde o mesmo resolveu se isentar, não interferir na cultura do povo mesmo sabendo que poderia estar colocando em risco a sua sobrevivência.

Após a divulgação da história de Hakani, surgiu um projeto intitulado Projeto Hakani que luta contra o infanticídio entre nossos índios e a postura adotada por certos órgãos ao tema.

o Projeto Hakani encontra-se no link abaixo, vale a pena conhecer.

http://www.hakani.org/

MOSAICO

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Construir, com os alunos, o mosaico foi uma atividade de muitas descobertas. Primeiro realizamos a atividade do espelho onde eles se descreveram, colocaram as suas características, depois observaram e descreveram seus colegas, foi muito prazeroso, para eles e também para mim, como professora, ver meus alunos envolvidos com entusiasmo em uma atividade, observando e observando-se.
Realizamos a atividade durante três dias, mas daremos continuidade no decorrer do ano. O primeiro foi para se observarem (espelho), depois observar o colega.
Depois buscaram junto a seus familiares suas raízes, e fizemos o registro através de fotos e informações dadas por seus failiares.
Após concluímos com a construção do mosaico, através de murais e confecção de uma árvore com as fotos de seus familiares.
Este trabalho pretendo dar continuidade abordando as raças mencionadas na construção do mesmo.

Dilema do antropólogo francês


Analisar as atitudes adotadas pelo antropólogo foi difícil porém interessante.
Participei do grupo que deveria contestar suas decisões. Com a leitura do caso e conhecendo a posição adotada pelo antropólogo com relação a cultura dos nativos da ilha a qual serviria de estudo e confirmando mitos que sabia serem errados, ou melhor, não serem verdadeiros, não concordei com esta sua postura então se tornou menos complicado criar argumentos para explicar o porque de achar tais atitudes erradas.
Acredito que devemos quebrar certos mitos, quando sabemos que tais posturas não estão corretas, como no caso em estudo, no qual os nativos acreditavam que homens da cor branca seriam Deuses e buscaram respostas para os seus questionamentos junto ao antropólogo com o intuito de confirmar ou reavaliar suas crenças e a atitude do mesmo não contribuiu para o crescimento cultural do povo em estudo.
Quando ele optou em não interferir nas crenças adotadas pelos nativos, não com o intuito de ajudá-los, mas com objetivo de preservar seus estudos penso ser uma atitude muito egoísta pois teve a oportunidade de fazer com que as pessoas reavaliassem suas crenças mas optou por concordar com o que os nativos acreditavam.
Esta atividade foi muito interessante de realizar pois fez com que eu me escutasse e questionasse a posição que eu adotaria frente a estes questionamentos (nativos em relação ao antropólogo) e ao colocar os argumentos contrários ao antropólogo, ler os argumentos do outro grupo que tinha a tarefa de defendê-lo, logo pude avaliar o que no meu entender seria o mais correto, ou seja, o que eu faria de acordo com os meus princípios, por isso esta atividade foi muito importante.

sábado, abril 11, 2009

QUESTÕES ÉTNICOS-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA


Esta disciplina abordará o entendimento de raça e etnia na educação, contextualizando os movimentos e grupos étnicos e raciais nos diferentes tempos e espaços, com ênfase no estudo das questões afro e indígenas no Brasil e no Rio Grande do Sul.


Filosofia da Educação

"Uma vida que não é examinada, não vale ser vivida"
Sócrates
Espero que o estudo da Filosofia, este semestre, seja bem dinâmico.
Conforme o que mencionei, em nossa aula presencial, a lembrança que tenho sobre o estudo de Filosofia em sala de aula não foi nada incentivadora.´Nossas aulas eram muito cansativas, com textos extensos sobre os filósofos nos quais eu não relacionava ao meu dia-a-dia, logo não dei a devida importância a esta disciplina.
Acredito que este novo encontro que terei com a Filosofia me fará mudar o sentimento que desenvolvi com relação a mesma, minhas expectativas são muitas, espero alcançá-las.

ANÁLISE DE UM PROJETO DE APRENDIZAGEM

Realizar a análise de um Projeto de Aprendizagem construído pelos colegas, atividade proposta pela interdisciplina, foi, para mim, difícil e ao mesmo tempo enriquecedora.
Difícil porque ao comentar o trabalho de outros colegas deve-se ter o cuidado de não prejudicar o trabalho realizado, apontando os pontos que poderiam ser mais explorados e também ressaltar os pontos positivos apresentados no mesmo.
Enriquecedora, pois para se realizar uma análise deve-se conhecer todo o caminho percorrido para o desenvolvimento do projeto e ao percorrer as páginas do trabalho analisado vi como é importante encontrar um bom layout, páginas que despertem a curiosidade de quem está acessando o projeto, ou seja, pontos que eram enfatizados quando construíamos os nossos projetos e, falando por min, não conseguia visualizar, acreditava que estávamos fazendo um bom trabalho, pois até então aquele era meu primeiro PA.
Com esta análise, fatalmente, a medida que percorria as páginas relacionava com o trabalho realizado pelo meu grupo e constatava o que poderíamos ter feito diferente.
Outra questão que me chamou muito a atenção foi a participação da professora orientadora, pois ela foi presença constante no desenvolvimento do projeto, dando direção ao grupo quando este se mostrou perdido, cobrando participação do grupo quando ocorria dispersão ou ausência de seus componentes. ou seja, o grupo nunca esteve sozinho pois ela estava para orientar, cobrar e elogiar.

Seminário Integrador - Aula Presencial

Tivemos nossa primeira aula presencial onde retomamos os PAs. Neste dia foram apresentados alguns trabalhos e em grupo fizemos uma análise sobre os PAs apresentados, sob orientação das professoras.
Achei o tempo destinado para a análise exíguo, pois a mesma foi realizada em grupo e até conciliar a opinião de todos não conseguimos realizar a análise em sua totalidade, ou seja, concluir o roteiro fornecido onde constavam itens orientando para a realização da mesma.

6º SEMESTRE

Neste semestre estamos estudando as seguintes interdisciplinas:

  • DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II;
  • EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS;
  • FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO;
  • QUESTÕES ÉTNICOS-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA;
  • SEMINÁRIO INTEGRADOR VI.