domingo, maio 31, 2009

Casualidades

Estou fazendo o Pró-letramento em alfabetização e para minha surpresa na última aula a instrutora no apresentou o texto " Vaca, leitão & pata de Claudio Martins, muito bom o texto pois trata da inclusão de maneira bem lúdica com as crianças.
Partindo de uma história bem acessível às crianças o texto mostra que todos somos diferentes, temos as nossas limitações mas se todos se ajudarem podemos atingir nossos objetivos, não existem seres perfeitos, para cada habilidade que somos deficientes temos outras asquais desempenhamos com perfeição, logo não podemos nos sentir menosprezados por não sermos "bons em tudo", é um texto excelente para trabalharmos a inclusão em nossas escolas.
A nota do autor transcrevo a seguir:

" Algumas pessoas são consideradas deficientes. Engraçado!, parece que todas as outras são muito eficientes!
Mas a maioria, infelizmente, não é.
Se fossem eficientes de verdade não haveria tanto desmatamento, poluição, guerras, violência, tanto mau-gosto e falta de educação.
Este livro é um abraço na Úrsula, minha sobrinha, que fez vários desfiles de moda, cada uma para mais de cinco mil pessoas e com renda destinada para crianças deficientes. Junto com os modelos, muitas destas crianças desfilaram com eficiência, bom gosto e muita imaginação.
Me ensinaram, de uma vez por todas, que aquilo que falta em um, o outro tem.
É, Somos todos, todos nós!, incompletos.

Cláudio Martins.




Entrevista com alunos

Realizando a entrevistas com os alunos negros de minha turma pude verificar que todos não se sentem discriminados na escola, uma das alunas disse que se sente feliz e não existe motivo pra se sentir diferente ou discriminada pois não é diferente de ninguém é uma aluna igual a todos os seus colegas. De acordo com as respostas de meus alunos constatei que a discriminaçao não parte das crianças e sim dos adultos, estes que discriminam.
Estou com esta turma a dois anos e nunca percebi discriminação racial por parte deles, quando surge algum apelido com relação a colegas, geralmente é relacionados a questões referente ao tipo físico como "dentuço", "gordinho" entre outros, nunca com relação a etnia, o que vem a reforçar a minha opinião sobre o preconceito.
A criança não discrimina a etnia de seu colega, sempre trabalhamos em sala de aula como foi formado o povo brasileiro, que somos a miscigenação de diferentes etnias, a contribuição de todas as raças, não somente o negro, mas o índio, o oriental entre as diversas etnias que formaram o nosso povo.
Houve em nossa escola uma mostra da cultura negra e uma das questões que surgiu foi quanto a religião, pois sendo a maioria evangélica questionaram sobre a religião umbandista se seria do mal, conceitos que trazem de suas casas, expliquei que todos os povos tem sua religião e que a umbanda era uma religião como outra qualquer como temos os católicos, protestantes, evangélicos e que todas as religiões devem ser respeitadas, somos livres para escolhermos a nossa religião e que devemos ser respeitados pelas escolhas que fazemos.
Montamos também um mosaico com a turma e os alunos mostraram-se receptivos em apresentar seus parentes sendo eles negros, indios ou de outras etnias que formavam as suas famílias.
O debate destas questões com os alunos faz aflorar neles o espírito de um povo que nasceu de uma miscigenação entre diferentes tipos de povos e fortalecer suas raízes e consciência de fazerem parte de um povo que tem orgulho de suas raízes.

Piaget - Método Clínico



Na última aula presencial da interdisciplina de Psicologia podemos observar a aplicação do método Clínico Piagetiano que a profª Luciane aplicou no filho um colega, foi muito bom participar desta aula, pois pude avaliar o que poderia aprimorar na aplicação do mesmo teste que meu grupo realizou, as intervenções feitas pela professora, pois quando nosso grupo aplicou o teste não fizemos muitas intervenções com o receio de que pudéssemos induzir as respostas da criança e queríamos ter o resultado fiel, que as respostas da criança não fossem por nós alteradas.
A aplicação deste teste nos possiblita identificar o raciocínio lógico das crianças e em qual fase de desenvolvimento o pensamento da criança se encontra, logo conhecendo a que estágio ela se encontra o professor poderá proporcionar uma aprendizagem que ocorra de maneira significtiva para a criança.

PA - Projeto de Aprendizagem II


Estamos construindo um novo PA, a avaliação que realizamos no início do semestre do PA construído no semestre passado foi muito importante, pois a partir do que foi apontado (erros e certos) podemos construir este novo projeto.
O tema que escolhemos foi desenho animado : "Até que ponto os desenhos animados influenciam o comportamento social e psicológico das pessoas?" e está sendo muito prazeroso pesquisar sobre este tema, estou conversando mais com os meus filhos sobre os desenhos que assistem, realizei uma pesquisa em sala de aula com meus alunos da 3ª série sobre quais os desenhos que assistem, discutimos em aula e foi muito interessante. Eles perguntaram se eu também assistia desenhos animados e quais os meus preferidos e foi fascinante perceber a surpresa deles quando disse que gostava de alguns que eles haviam mencionado como preferidos.
Estou realizando paralelamente, com os professores, a mesma pesquisa e para minha surpresa todos se mostraram receptivos e apreciadores de desenhos animados.
Esta pesquisa está instigando a minha curiosidade, estou conhecendo aspectos com relação aos desenhos que antes não conhecia e estou achando muito interessante.
Agora tenho, também, a visão de como deve estar orgnizados um PA para que seja atraente e de fácil acesso a pessoas interessadas pelo tema, que encontrem nas páginas acessadas informações que contenham respostas aos seus questionamentos, itens que no projeto construído anteriormente não tinha esta visão, ou foco.
Outro item importante que estou vivenciando neste projeto é a construção do mesmo com interesse, uma atividade prazerosa e que está instigando a minha curiosidade em pesquisar sobre o tema e ler todas as postagens de minhas colegas de grupo.
Outro recurso que estamos (grupo) utilizando muito na construção deste projeto, é o uso do MSN, digamos que descobrimos o bate-papo para combinações, discussões dos materiais postados no wiki e está sendo muito enriquecedor.
Estou procurando realizar um trabalho completo, junto com meu grupo, mas como já havia comentado em outra postagem, o comentário do professor orientador vai ser muito importante pois ele será nosso internauta visitador, nos dirá se estamos na direção certa e como todos somos movidos a incentivos, espero receber bons comentários sobre o trabalho desenvolvido.

Inclusão - Teoria ou Prática


Nas primeiras unidades abordadas pela interdisciplina de Educação de Pessoas com NEE foram abordados temas como: histórico, política públicas, serviços entre outros. As unidades 2 e 3 versa sobre a parte legal, as leis e os serviços que são "disponibilizados", nos estados e municípios, para atender aos alunos portadores de deficiências e incluí-los na rede pública de ensino a qual os mesmos tem direito de frequentar. Somente tomei conhecimento destes serviços lendo os textos e realizando as atividades, pois em nosso local de trabalho não é disponibilizado informações a respeito destes serviços.
No município, é verdade, encontramos mais informações pois temos a CIR (Centro de Integração e Recurso) , mas devido a sua estrutura (pequena) só atende casos de multirepetência e existe um limite de vagas, o que dificulta o atendimento de novos casos.
A lei versa sobre formação para os professores, ou profissionais especializados para atender a estas crianças, mas na prática não encontramos isso. Ao realizar uma das atividades propostas pela interdisciplina e conversando com um dos membros da equipe diretiva, veio o comentário que a escola não é informada sobre a matrícula de alunos com necessidades especiais, nem são oferecidos cursos aos profissionais que irão recebê-los, ou seja, a escola não recebe nenhum tipo de orientação, ajuda, ou cursos para receber com qualidade estes alunos.
Conversando com uma colega, na rede estadual de ensino, a qual tem um aluno cadeirante e portador de lesão cerebral, ela me relatou que não recebeu nenhuma orientação da direção, supervisão ou orientação da escola, simplesmente recebeu o aluno e se sente sozinha nesta caminhada, logo, segundo ela, sente-se dividida em relação aos alunos, ou seja, ao se dedicar exclusivamente ao seu aluno portador de NEE não estaria deixando de lado os demais?, pois somente ela é a titular da turma, sem nenhuma monitora que a auxilie a alimentá-lo, levá-lo ao banheiro, entre outras atividades qu lhes são inerentes.
Outro fato que a mesma me relatou, foi quando procurada por um pai para incluir a filha em sua turma e ela expôs ao mesmo que não poderia receber nenhum outro aluno em virtude de ter esse aluno ao qual dispensa atenção, recebeu como resposta do pai que a mesma estava discriminando a sua filha por ser normal, privando-a de estudar, ela refletiu e disse que o pai estava coberto de razão e aceitou mais uma aluna. Logo, eu me pergunto, onde está a direção da escola, os serviços de orientação, supervisão, então quando digo que o professor caminha sozinho neste projeto de inclusão, ao qual o governo promove com muito orgulho, não estou longe da realidade, pois a cada dia vejo casos como este acontecerem, tanto na rede estadualcomo a municipal.

O Clube do Imperador


Uma das atividades propostas neste semestre foi assistir ao filme "O Clube do Imperador"
um excelente filme que retrata os dilema enfrentados por um professor para se aproximar de um aluno e transmitir-lhes valores morais os quais o aluno não acredita visto que vem de uma família desestruturada, com um relacionamento difícil com seu pai, um senador sem escrúpulos.
Visitando sites sobre o filme, um me chamou a atenção na qual é colocada a seguinte frase "
A escola educa, mas não muda o caráter das pessoas" (PERINA, 2007), onde ele coloca que o carater e a personalidade são moldados pela família, através de bons ou maus exemplos, ou seja, a escola, por melhor que seja, não consegue sozinha mudar o caráter do ser humano.
As vezes, quando avaliamos um aluno, passamos, também, por alguns conceitos pré-estabelecidos para contemplar alunos nos quais acreditamos, ou devido a sua trajetória queremos incentivar mostrando que aceditamos em suas capacidades.
Com relação ao filme, vejo a cena na qual o professor adulterou o resultado do concurso como uma forma de mostrar ao seu aluno que o mesmo tinha condições de, através de seu empenho, ganhar o concurso no qual estava participando, mesmo que ao colocá-lo na final ele tenha subtraído de um outro aluno a conquista do mesmo. Neste momento, para ele (professor), não estava em foco o concurso, mas a possibilidade de oferecer, ou melhor, oportunizar a mudança de comportamento, valores a um aluno que se mostrava incrédulo a conceitos morais.
Fazendo um paralelo ao nosso cotidiano escolar, enfrentamos nossos dilemas ao avaliar nossos alunos, até que ponto podemos reprovar ou avançar um aluno baseado em sua história de vida.
No ano passado estava lecionando para uma 2ª série e ao final do ano me deparei com dois alunos os quais no meu entender teriam muita dificuldade em avançar para a série seguinte, um se mostrava descomprometido, o outro dedicado mas com dificuldades, então no pré-conselho conversei com a mãe deste aluno que tinha dificuldades mas era esforçado e coloquei a situação, após algum tempo de conversa a mãe se comprometeu, se caso ele avançasse de ano, durante as férias daria uma atenção ao mesmo para que superasse as dificuldades apresentadas e, com relação ao outro aluno a direção recomendou que ele avançasse pois era multirepetente e seria um incentivo para ele.
Depois de muito analisar, e fazer alguns exercícios com ambos aprovei-os para a série seguinte e conversei com as mães de ambos colocando as dificuldades de cada um, resolvi acompanhá-los na série seguinte.
Hoje os dois são meus alunos, tive uma grata surpresa com o desempenho do aluno ao qual a mãe se comprometeu em auxilia-lo nas férias, as dificuldads as quais ele apresentava no final do ano letivo estavam superadas, já o aluno que não demostrava compromisso no ano anterior continua com a mesma postura, logo, a escola não atinge seus objetivos se caminhar sozinha, a família, em toda a caminhada do aluno, exerce um papel muito importante neste percurso e está na hora dela (família) assumir este papel.