sábado, outubro 31, 2009

O Garoto Selvagem



Num dia de Verão do ano de 1798, numa floresta francesa, foi encontrada por caçadores uma criança selvagem.
Levada para Paris, foi observada pelo mais célebre psiquiatra da época, Pinel, que a considerou como um idiota irrecuperável e pelo jovem médico Itard que, ao contrário, considerou ser possível recuperar o atraso provocado não por inferioridade congénita mas pelo seu isolamento total. Para provar a veracidade das suas razões, Itard pediu a tutela desta criança.
Assim, na sua casa em Batignoles, com a ajuda da sua governanta, Mme Guérin, iniciou a difícil tarefa de desenvolver as faculdades dos sentidos, intelectuais e afectivas de Victor, nome pelo qual se passou a chamar esta criança.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Pedagogia de Projetos

O projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma idéia; é o futuro a fazer,um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma idéia a transformar em ato”. Barbier(1994)

Na educação, segundo Valente (2002) o desenvolvimento de projetos educacionais é uma alternativa de tornar a aprendizagem contextualizada no interesse do aluno e relacionada com as situações reais do mundo que vivemos, na busca de unir dois mundos que coexistem separadamente: a vida e a escola. A possibilidade de trabalhar em educação, por meio de PD, significa dar aos alunos a oportunidade de aprender a fazer planejamentos com o propósito de transformar uma situação real e concreta, contextualizadas, em uma realidade. Os projetos didáticos, além de tratar os conteúdos programados, eles contextualizam essas aprendizagens na busca de um produto final.
É importante constatar que a informação necessária para construir os Projetos não está determinada de antemão, nem depende do educador ou do livro-texto, está sim em função do que cada aluno já sabe sobre um tema e da informação com a qual se possa relacionar dentro e fora da escola.

Fonte:
HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. In: _____. A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed, 1998.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Diálogo em Libras

Sem dúvida uma das atividades mais desafiadoras que realizei neste semestre foi a interpretação de um diálogo em libras.
Como nunca tive contato com esta língua me senti desafiada a superar esta dificuldade. Para a realização da mesma foi através de muita pesquisa e observação, trocando idéias com as colegas e me dei conta que quando temos uma situação da qual não temos total conhecimento é este o caminho que trilhamos, buscamos e trocamos informações para atingirmos nosso objetivo.
Mas também me questiono com relação a inclusão, pois acredito na mesma desde de que alicerçada por suportes bem estruturados. São estes alicerces que não percebo em nossas escolas. Trabalhar com alunos com necessidades especiais é uma realidade, mas volto ao ponto inicial e os professores, será que se encontram dentro deste processo?

EJA e Paulo Freire


Segundo Paulo Freire, a educação deve procurar desenvolver a tomada de consciência e a atitude crítica, graças à qual o homem aprende a escolher e a decidir, libertando-o em lugar de submetê-lo, de domesticá-lo, de adaptá-lo, como ainda faz com muita freqüência a educação em vigor em um grande número de países do mundo. O homem ao mudar a sua realidade, também vai se transformando, na medida em que ele se integra ao seu contexto e se compromete, vai construindo a si mesmo. O homem, porque é homem, é capaz de reconhecer que não vive em um eterno presente, e sim em um tempo, feito de hoje, ontem e de amanhã; esta tomada de consciência de sua temporalidade (que lhe vem de sua capacidade de discernir) permite-lhe tomar consciência de sua historicidade.

Fonte:

http://www.cereja.org.br/pdf/revista_v/Revista_MariadeFa.pdf

Curriculo Integrado

“A especialização sem limites culminou numa fragmentação crescente do horizonte epistemológico. Chegamos a um ponto que o especialista se reduz àquele que, à causa de saber cada vez mais sobre cada vez menos, termina por saber tudo sobre o nada. (...)”. (JAPIASSU, Hilton, 1994).
Os sistemas educacionais são pensados conforme o modelo de sociedade no qual estão inseridos, logo, não podemos deixar de considerar que o processo de desqualificação e atomização de tarefas, refletiram nos sistemas educacionais, onde professores e alunos não possuíam autonomia para participar destes processos, então o que se aprendia nas salas de aula estavam em sintonia com o modelo de sociedade vigente, ou seja, eram desenvolvidas habilidades relacionadas com a obediência e submissão às autoridades, como os trabalhadores, que não tinham autonomia em decidir o que ser produzido, por que, para quê, como, etc., o aluno também não entendia a finalidade do que estava “aprendendo”, pois tais conteúdos, desenvolvidos com uma série de enunciados, atividades, temas trabalhados de forma descontextualizadas, isolados, se mostravam de forma tão abstrata, que os mesmos não compreendiam o significado do processo ensino aprendizagem. A educação afastou-se de sua finalidade: preparar cidadãos e cidadãs para agir de forma responsável, justa, crítica, solidária e democrática em sua comunidade.

Alfabetização e a pedagogia do empowerment político”





O conceito de alfabetização está em transformação. Questionamentos sobre como alfabetizar, e o que se entende por alfabetização, permeiam as discussões dos educadores.
O texto em estudo nos mostra o percurso que o conceito de alfabetização vem percorrendo. Dado que o sistema educacional sempre esteve atrelado ao mercado de trabalho, não é de hoje que a escola serve de apoio aos interesses do mercado. Logo, uma pessoa alfabetizada é representada por aquela que decodifica os códigos e faz uso da escrita, pois assim os empregadores não despendem gastos em seu treinamento. Todavia, a alfabetização é diferenciada entre as classes com menor e maior poder aquisitivo.
Gramsci encarou a alfabetização como um conceito e como uma prática social que devem estar historicamente vinculados, por um lado, a configuração de conhecimento e de poder e, por outro, à luta política e cultural pela linguagem e pela experiência.
Para Paulo Freire (1981) a alfabetização não é a repetição mecânica das famílias silábicas, ou tampouco a memorização de uma palavra alienada, mas sim “a difícil aprendizagem de nomear o mundo” (p.39). Logo, alfabetizar não é somente ensinar palavras e proporcionar que o aluno saiba escrever, mas oportunizar que o mesmo interprete o mundo que o rodeia, perceba-o de forma crítica e tenha autonomia de transformá-lo.
Já o analfabetismo pode ser visto não só como a incapacidade de ler e escrever, mas também como um indicador cultural para nomear formas de diferença dentro da lógica da teoria da privação cultural.
Nunca trabalhei com turmas de EJA, mas a leitura deste texto me vez compreender como a alfabetizção de adultos era concebida, sempre com o olhar do mercado, procurando a otimização dos lucros, não situando o aluno adulto como o centro da aprendizagem.

quarta-feira, outubro 28, 2009

Oralidade

Uma das atividades propostas na interdisciplina de linguagem aborda a oralidade infantil, narrativa realizadas pelas crianças. Como meu filho está com 5 anos resolvi fazer um video onde ele conta uma história.

Geralmente quando uma criança está fazendo um relato, contando uma história ela mistura experiencias vividas com partes da história, ela brinca com a realidade e encontrando um jeito próprio de lidar com ela, percebi que meu filho ao fazer seus relatos inseri nos seus personagens as pessoas que ele tem muita afinidade ou colegas que marcaram seu dia, ou quando foi solicitado a contar uma história começou a descrever os episódios de Star Wars, série que ele ultimamente tem assistido junto com seu irmão mais velho. Mas seus relatos são recheados de peculiariedades.

"O pensar não se estrutura internamente, mas no momento da fala". "A narrativa (primeira estrutura da oralidade com que a criança tem contato em seu cotidiano) é, portanto, o que modela e estimula a atividade mental", segundo Maria Virginia Gastaldi. Partindo deste comentário vimos a importância de, na educação infantil, estimularmos a narrativa de contos infantis bem como os relatos de experiências vividas. Músicas, relatos, leituras de contos são atividades que fazem parte da rotina diária das aulas de educação infantil.

Fonte:http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/narrativa-infantil-509139.shtml

Seu nome é Jonas




Este filme nos foi solicitado na interdisciplina de LIBRAS. A temática apresentada discorre da readaptação de um menino surdo (Jonas) em sua família e sua comunidade, como de sua família a reintegração do mesmo.

O filme é muito emocionante e fala da trajetória de um menino e sua família para superarem as dificuldades impostas pela vida.
Jonas e sua família foram vítimas de um erro médico, por ignorância, despreparo ou descaso foi diagnosticado como portador de problemas mentais e internado em um hospital, mas com o passar dos anos o erro foi corrigido e Jonas volta para o convívio de sua família.
Neste filme podemos ver os dois lados da moeda, ou seja, a adaptação de Jonas retornando para sua família e também de sua família em se adaptar as necessidades do mesmo.
Surge o sentimento de culpa dos pais em tê-lo colocado em uma instituição, acreditando nos médicos, o tempo em que o mesmo ficou no hospital onde nenhum trabalho, ou melhor, tratamento foi realizado com o objetivo de melhorar a sua vida e ao mesmo tempo o medo de não saberem como se relacionar com o filho.
Jonas sentiu dificuldade ao freqüentar a escola, pois, até aquele momento não havia tido contato com outras pessoas em um ambiente escolar, e o radicalismo da professora em ensiná-lo a leitura labial para que o mesmo aprendesse a falar, fez com que o mesmo se sentisse desmotivado.
Um dos aspectos que gostaria de salientar refere-se a família,a mesma deve caminhar unida e emocionalmente segura em busca de uma inclusão verdadeira, como (no filme) o pai se desestruturou emocionalmente surgiu um rompimento entre o casal, o que poderia ser muito negativo para a criança, mas a mãe não se afastou de seu objetivo e continuou em sua caminhada para o crescimento de seu filho.
Hoje em dia, devido ao avanço da tecnologia, seria muito improvável um erro médico deste porte, logo o que mais se torna relevante para que problemas como este aconteça seja o conhecimento, mas que também está em constante evolução.
Hoje falasse muito em inclusão, mas o que me deixa surpresa é que nenhum curso é oferecido aos professores, vemos a maioria das pessoas portadoras de deficiência auditiva em escolas especializadas, quando deveriam estar em escolas regulares, pois quem deveria promover a inclusão oferecendo infra-estrutura para que a mesma aconteça vira as costas, a criança não exclui, não condena o diferente, mas o adulto sim, por medo ou ignorância.