domingo, maio 31, 2009

O Clube do Imperador


Uma das atividades propostas neste semestre foi assistir ao filme "O Clube do Imperador"
um excelente filme que retrata os dilema enfrentados por um professor para se aproximar de um aluno e transmitir-lhes valores morais os quais o aluno não acredita visto que vem de uma família desestruturada, com um relacionamento difícil com seu pai, um senador sem escrúpulos.
Visitando sites sobre o filme, um me chamou a atenção na qual é colocada a seguinte frase "
A escola educa, mas não muda o caráter das pessoas" (PERINA, 2007), onde ele coloca que o carater e a personalidade são moldados pela família, através de bons ou maus exemplos, ou seja, a escola, por melhor que seja, não consegue sozinha mudar o caráter do ser humano.
As vezes, quando avaliamos um aluno, passamos, também, por alguns conceitos pré-estabelecidos para contemplar alunos nos quais acreditamos, ou devido a sua trajetória queremos incentivar mostrando que aceditamos em suas capacidades.
Com relação ao filme, vejo a cena na qual o professor adulterou o resultado do concurso como uma forma de mostrar ao seu aluno que o mesmo tinha condições de, através de seu empenho, ganhar o concurso no qual estava participando, mesmo que ao colocá-lo na final ele tenha subtraído de um outro aluno a conquista do mesmo. Neste momento, para ele (professor), não estava em foco o concurso, mas a possibilidade de oferecer, ou melhor, oportunizar a mudança de comportamento, valores a um aluno que se mostrava incrédulo a conceitos morais.
Fazendo um paralelo ao nosso cotidiano escolar, enfrentamos nossos dilemas ao avaliar nossos alunos, até que ponto podemos reprovar ou avançar um aluno baseado em sua história de vida.
No ano passado estava lecionando para uma 2ª série e ao final do ano me deparei com dois alunos os quais no meu entender teriam muita dificuldade em avançar para a série seguinte, um se mostrava descomprometido, o outro dedicado mas com dificuldades, então no pré-conselho conversei com a mãe deste aluno que tinha dificuldades mas era esforçado e coloquei a situação, após algum tempo de conversa a mãe se comprometeu, se caso ele avançasse de ano, durante as férias daria uma atenção ao mesmo para que superasse as dificuldades apresentadas e, com relação ao outro aluno a direção recomendou que ele avançasse pois era multirepetente e seria um incentivo para ele.
Depois de muito analisar, e fazer alguns exercícios com ambos aprovei-os para a série seguinte e conversei com as mães de ambos colocando as dificuldades de cada um, resolvi acompanhá-los na série seguinte.
Hoje os dois são meus alunos, tive uma grata surpresa com o desempenho do aluno ao qual a mãe se comprometeu em auxilia-lo nas férias, as dificuldads as quais ele apresentava no final do ano letivo estavam superadas, já o aluno que não demostrava compromisso no ano anterior continua com a mesma postura, logo, a escola não atinge seus objetivos se caminhar sozinha, a família, em toda a caminhada do aluno, exerce um papel muito importante neste percurso e está na hora dela (família) assumir este papel.

Um comentário:

Beatriz disse...

Sandra, que coisa boa que conseguistes postar bastante, mesmo no último dia. Procura fazer isso ao longo de junho para dar tempo para retomares ou replicares algum comentário feito pelos internautas. Eu concordo plenamente que a escola precisa fazer uma parceria séria com a família e que as duas juntas podem mais do que uma só. O exemplo que destes é a evdência para isso. Por outro lado, não achas que fostes taxativa demais em achar que só a familia forja o caráter de uma pessoa? Será que a escola , os exemplos que ela vivencia ali não ajudam? e os grupos de amigos? E a sociedade? Um abração
Bea